terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Bella e a Fera

- Tio Emmett, tio Emmett. – A monstrinha veio correndo de algum lugar da casa.

- Shhh, monstrinha, estou concentrado. – eu disse, enquanto meditava.

- E qual é o propósito? – ela perguntou, franzindo sua testa.

- Desenvolver meu talento.

- Talento? Tia Rose disse que você já tem um talento: fazer bagunça. – ela disse, abafando uma risadinha.

- Ha-ha-ha. – eu ri, sarcasticamente. – Mas, veja só, Edward tem os dele: ser exibido e ler os pensamentos dos outros. Sua tia Alice, além de ser louca, prevê o futuro. Sua mãe, além de ser desengonçada, cria essa proteção ao redor de todo mundo e seu tio Jasper, além de chorar as dores do mundo, consegue manipular os sentimentos dos outros.

- Eu também tenho, esqueceu? Eu consigo tocar no rosto das pessoas e mostrar o que estou pensando. E vovô Carlisle tem o talento da compaixão e…

- Pelo amor de Deus. Isso não é um talento. Não se pode ganhar uma queda de braço ou uma luta com compaixão. É com força. E força eu já tenho, mas eu quero outros… Então, ontem à noite eu estava assistindo Heroes e Sylar conseguiu os talentos dos outros abrindo suas cabeças e vendo como funcionam seus cérebros.

- Então, você quer abrir a cabeça de todos aqui em casa para ver como funciona o cérebro da gente e assim aprender os nossos talentos?

- Sim! – eu exclamei. Puxa, Nessie podia ser bem esperta quando queria. Eu daria uma olhada na inteligência dela também.

- Bom… Não acho que seja uma boa idéia… Mas você tem um grande talento. Acho que você é o melhor contador de histórias, titio. Que tal desistir momentaneamente dessa história toda e me contar uma das suas historinhas de ninar?

- Mas são três da tarde.

- E? – ela me questionou, como se não fosse absurdo eu contar uma historinha de ninar as três da tarde.

- E está fazendo sol. Você não tem que alimentar o cachorro, dar banho nele ou levá-lo pra passear? – eu perguntei.

- Se você está se referindo a Jake, ele não está aqui. Foi à La Push. É aniversário de Billy.

- E eu não fui convidado? Mas que audácia, que indecência, é quase imoral.

- Apesar de você não poder ir à aldeia, Jake pensou em convidá-lo, mas eu não quis contar. Ele achou que seria engraçado brincar de “pregar o rabo no burro” e pensou que você seria o burro ideal. – ela disse, revirando os olhinhos, como Bella fazia. Como ela viu que eu não entendi direito porque Jacob me queria para pregar o rabo no burro, ela continuou. – Então, e aquela historinha?

- Hum… Han, tá, tá… Que tal a Bella e a Fera? – eu sugeri. Com seu consentimento, prossegui com a minha historinha.

“Era uma vez um jovem príncipe amargurado de olhar entediado e topete à lá Johnny Bravo bronze, que vivia num castelo cheio de pessoas fantásticas, lindas e musculosas, chamado Edward. Mas Edward era rabugento e egoísta e sempre brigava com seus irmãos Alice, Jasper e, o mais lindo, Emmett por encostarem em seu piano.

‘Não corram dentro de casa! Vocês vão arranhar meu piano’.

‘Cara… Ele precisa encontrar uma mulher. ’ Seu irmão musculoso disse.

Dito e feito. Numa noite de chuva, apareceu uma figura loira, alta e esguia cujo nome eu não falarei, pois tem má reputação, pedindo abrigo e amor ao jovem príncipe.

‘Sinto muito, loira, mas eu prefiro as morenas. ’ Ele disse, friamente, mal sabendo que além de piriguete, ela era uma feiticeira e o enfeitiçou, transformando todos dentro do castelo em objetos falantes, o príncipe em uma Fera monstruosa e dando-lhe uma rosa dourada ainda mais rabugenta do que ele.

‘Eu preciso de água aqui, não está vendo que estou murchando? E tire esse relógio melancólico perto de mim, esse tic tac está me deprimindo… Esse castiçal musculoso está se derretendo por mim, isso não é legal, ele pode ser útil depois. E esse bule todo emperiquitado com diamantes? Vamos, onde está minha redoma? Não quero contato com esse antro de malucos. Ah, e se não beijar uma humana até minhas pétalas caírem, você continuará assim, sabia?…’ a Rosa dourada dizia.

‘… Mas que bobagem, as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam… ’ o príncipe cantava em seu piano, tentando abafar a voz da rosa.

‘Como assim as rosas não falam, eu falo sim e muito bem. E ainda sei outros idiomas, sou uma rosa poliglota. E eu não roubo perfume de ninguém… Eu exalo Chanel n° 5, meu bem… ’ a rosa retornou sua fala.

E assim, a vida do príncipe seguiu amargurada…

Mas vamos mudar o foco da nossa historinha.

Nos arredores do castelo havia um pequeno vilarejo chamado Forks, cem léguas de um local cujo nome não vou falar antes que minha sobrinha diga que faunos não existem, onde vivia uma menina matusquela chamada Bella. Ela morava com seu pai e gostava muito de ir à biblioteca de sua cidade, para ler livros chatos que falavam de romances impossíveis.

‘Vim devolver Orgulho e Preconceito, senhor. ’ Ela disse ao dono da biblioteca. ‘Tem algum romance novo que fale de um casal que sofre o preconceito das diferenças de classes ou um amor proibido?’

‘Chegaram alguns: Romeu e Julieta, Alladin, Cinderella, Caminho das Índias e esse de capa preta, com uma maçã nas mãos. ’

‘Crepúsculo, ’ ela leu a capa. ‘Uma humana que se apaixona por um vampiro que brilha no sol, não bebe sangue humano e lê pensamentos… Não, não me interessei. Me vê aí Caminho das Índias, tic?’

Então ela saiu pela cidadezinha para ler seu livrinho, até chegar à frente da lojinha de esportes local onde tinha um rapaz que era considerado o bom partido da cidade: Mikon.” Não vai se opor ao nome? – eu perguntei.

- Não, eu já sei como termina a história, nada contra Mike Newton se dar mal no final. – ela deu o mesmo sorriso de Edward quando ele queria ser maquiavélico. Meu Deus, que criação esses dois estão dando a esta criança?

- Tá… Bom… Então… Certo!

“Então Mikon aproximou-se de Bella, exibindo seus (poucos) músculos e disse:

‘Bella, ainda com essa leitura? Quando você vai deixar de olhar esses livros e olhar para mim?’

‘Han… Nunca!’ Bella disse, sem tirar os olhos do livro. ‘Você possui uma beleza humana enjoada de sucesso algum. Talvez se você fosse mais pálido… Ou tivesse mais pêlos. ’

‘Eu posso deixar a barba crescer, quem sabe… ’

‘Desencana. ’ Ela disse, voltando à sua leitura, mas consciente de que o galã de beleza humana enjoada de sucesso algum tentaria novamente uma aproximação.

Ao voltar para casa naquele dia, Bella encontrou um bilhete de seu pai:

Bells,

Fui pescar sozinho perto do castelo. Se eu não voltar até amanhã, alguma coisa me capturou. Pegue a Chevy vermelha e venha me resgatar. Com amor, seu pai.

‘Lá vai ele se meter em alguma trapalhada. ’ Bella disse a ela mesma. Então ela ouviu um baque em sua porta. Era Mikon novamente.

‘Meu Deus, você não desiste, né loirinho?’

‘O que posso fazer? Você cativou minha atenção. Vim aqui com aqueles figurantes para fazer uma serenata e noivarmos. ’ Mikon disse.

‘Você só pode estar brincando. ’ Ela disse.

‘Pareço estar brincando?’ ele disse, mostrando o anel para ela. ‘Então o que me diz de casarmos amanhã?’

‘Sabe o que é, é que não estarei na cidade, tenho que ir à Seattle comprar umas coisas e só tenho amanhã. Quem sabe na próxima… ’ ela disse, fechando a porta na cara dele ‘… Encarnação.’ Ela pensou.

Logo ela voltou sua atenção para o bilhete do teu pai, imaginando que tipo de loucura ele iria se meter.

Perto do castelo, começou a chover e o pai de Bella resolveu entrar. Alice, como sempre hospitaleira e intrometida, resolveu dar abrigo ao forasteiro.

‘Isso não vai prestar. Edward não gosta de visitas… Ele vai querer fazer maldades com a gente, como ouvir música clássica o dia todo… ’ o Reloginho de ponteiros dourados, Jasper, falou.

‘Meu Deus, um relógio que fala!’ O camponês bigodudo exclamou.

‘Tranquilo, mano… Edward está lá na Ala Leste, onde fica seu piano e não podemos entrar. ’ O castiçal musculoso disse.

‘Meu Deus, um castiçal que… ’

‘Mas será que tudo é motivo de surpresa? É, meu filho, tudo aqui dentro fala… Devem ter outros personagens coadjuvantes também, mas os principais somos nós, então se contente em conversar conosco, tá legal?’

‘…’ ele ficou sem fala. ‘Meu Deus, uma rosa que fala!’ o camponês exclamou.

‘Difícil é fazê-la calar a boca. ’ Alice, o bule de chá disse.

‘Não se preocupem amiguinhos. Eu não pretendo ficar aqui muito tempo, eu só procuro abrigo por causa da chuva e… Aquilo lá fora é um Aston Martin?’

‘Sai de perto do meu Vanquish.’ A Fera peluda e horrorosa saiu de trás de algum lugar.

‘Meu Deus, um lobo que fala!’ o camponês disse.

‘Você me ofende em minha própria casa? Monstro, tudo bem, mas LOBO?’ A Fera explodiu. ‘Vou te trancar na torre mais alta e você vai ter que conviver com a Rosa. ’ Ele disse.

‘Deus é mais… ’ a Rosa murmurou, lixando seus espinhos.

‘Por favor, piedade. Tudo menos isso, qualquer coisa menos isso. ’ O camponês rogou, olhando para a cara de tédio da Rosa.

‘Bom, se você tiver uma filha tão branca que eu possa ver os hematomas de suas quedas, que cheira igual às flores e seja tão desajeitada que tropece na própria sombra, eu faço uma troca justa. ’

De repente, ouviu-se um trovão, um barulho ensurdecedor que todos, menos o camponês, se assustaram.

‘Que diabos é isso?’ o castiçal Emmett perguntou.

‘Minha filhinha. ’ O camponês disse.

‘Olá, alguém aí? Procuro meu pai, um camponês bigodudo metido a policial. ’ Bella adentrou o castelo, ignorando o pedido do pai que pediu em seu bilhete que viesse no dia seguinte.

‘Graças aos céus minha filha é tão teimosa. Bells olha que legal. Você vai ficar nesse

lugar cheio de criaturas estranhas e um ser peludo e mal humorado. Não vou me demorar, toma, aqui tem um elixir mágico que poderá usar caso queira fugir. ’

‘Spray de pimenta. Super!’ ela exclamou, ironicamente, vendo seu pai ir embora. Seus olhos passearam pelo salão e ela pode ver os objetos falantes, até seus olhos caírem sobre a Fera. Ela abafou um grito.

‘Está com medo?’ ele perguntou.

Ela respirou fundo. ‘Não’. E o fitou por mais alguns minutos. ‘Então… Cabeludinho… O que eu faço agora?’ ela perguntou à Fera.

‘Você eu não sei, mas eu vou pra a Ala Leste, que por sinal é proibida pra você, compor uma música sobre isso tudo. Alice, que já está ali no canto quicando, que nem uma bola por sua atenção, te levará aos seus aposentos. E pra não dizer que eu sou ruim vou te dar um conselho: cuidado com o veneno da rosa. ’ A fera aconselhou.

‘Mas rosas não são venenosas. ’ ela disse, toda sabichona.

‘Enfim, cuidado com o veneno dessa rosa. ’

‘Veneno, ora, onde já se viu uma rosa como eu, elitizada, escolada e de nível, ter veneno. Veneno quem tem é a sua mãe, seu infeliz… ’ e ela continuou falando, mas a Fera ignorou, indo embora.

‘Bom, garotinha fofa que será minha melhor amiga dentro desse castelo cheio de malucos, eu vou te instruir aqui dentro pra viver uma vida agradável, principalmente com a Fera por perto:

Primeiro você terá que vestir tudo o que eu disser. Principalmente vestidos azuis de seda… E nada de All Star e jeans.

Segundo, A Ala Leste é proibidíssima. Nem sonhe em ir lá. A Fera lê os pensamentos.

Terceiro, não ligue para a Rosa. Ela é chata assim mesmo. ’

‘Realmente espero que você queime esse bico ai com chá quente, sua imprestável. ’ A Rosa disse.

‘Onde eu acho um cravo nessas horas?’ Alice perguntou.

‘Cravo? Pra quê cravo?’ Bella perguntou.

‘Nunca ouviu a lenda? O Cravo brigou com a Rosa debaixo de uma sacada, o Cravo saiu ileso e a Rosa toda espancada… ’

‘Epa, não é assim que a história aconteceu… ’ A Rosa se defendeu.

‘Mas deveria ser assim… ’ Alice disse, friamente.

‘Então, vamos aos meus aposentos?’ Bella disse, tentando acalmar o clima.” – Não vai me interromper? Estou estranhando, a essa altura do campeonato, você já teria interrompido. – eu perguntei à Nessie.

- Não, titio, estou esperando o final, para ver o loirinho se dar mal. – Nessie me confidenciou. Tal pai, tal filha.

- Han… Certo.

“Bella começou a prestar atenção na Fera e percebeu que embaixo de todo aquele pêlo existia um coração. Ele até dera um presente a ela: sua biblioteca cheia de livros empoeirados, quando na verdade ele queria dar um carro a ela. Sim, ela o achava bom, mas a Fera não concordava, acreditando que não possuía mais alma e seu coração era apenas um pedaço de pedra que ficava dentro do seu tórax não tão sarado quanto o do seu irmão mais velho. Então, toda vez que Bella tentava uma aproximação, ele se esquivava.

‘Criatura, você percebe que essa pode ser a nossa única maneira de voltarmos ao normal?’ Alice perguntou.

‘Mas ela não vai me querer. Como é que uma pessoa normal, uma humana vai querer ficar com um monstro como eu?’ ele perguntou aos demais presentes.

‘Bom, certo dia eu li um livro estranho de capa preta que falava do amor entre um vampiro e uma garota e…’ Emmett começou a falar.

‘Me poupe dessa coisa ridícula, isso não existe. ’ A Rosa falou. ‘Oh, meu querido, o caso é o seguinte. Ou você beija a humana ou a gente vai ficar assim para sempre.’

‘Não quero!’ ele relutou.

‘Qual é cara, imagine, você pode escrever uma sinfonia em relação a isso. Não seria demais?’ Emmett sugeriu.

‘Não quero.’ Ele disse, fazendo beicinho.

‘Olha aqui, ô primo It, esse doce todo quem faz é o reloginho ai, que se vive reclamando da vida. Se você não beijar a humana eu vou rolar com meus espinhos em seu piano e vou arranhar tudo.’ A Rosa ameaçou.

‘Você não faria…’ ele duvidou.

‘E em seus carros também. E não duvide de mim… Eu já fui expulsa de um planetinha, onde um garotinho era um príncipe.’

‘Expulsa, por quê?’ Alice quis saber.

‘Ah, a mesma ladainha: veio pra Terra, conheceu uma raposa, voltou pro planeta e veio com um papo de cativar. Aí eu mandei ele cativar a mãe e aqui estou. Em todo caso, preciso voltar a ser vampira vegetariana…’

‘Por quê?’ Emmett perguntou.

‘Tenho contas a pagar com aquela raposa… ’ ela disse, com um leve brilho de vingança no olhar.

‘Então… Está decidido, Edward vai beijar a menina. ’ Alice disse.

‘Eu não decidi nada. ’ Ele disse.

‘Mas não importa, eu vejo você beijando Bella… Alguém decidiu. Perdeu playboy. ’ ela disse, sorrindo. ‘Mas é claro, desse jeito ai você não vai beijar ninguém. Vamos fazer um curso de etiqueta, renovar seu guarda roupa e aparar as pontas desse cabelo todo… ’

Então, a tarde seguiu e todos se empenharam para que o jantar fosse um sucesso. Bem, quase um sucesso. Ao avistar Bella, na escada, a Fera perguntou à Alice:

‘Porque ela está de amarelo? Era pra ela estar de azul, eu gosto quando ela veste azul. O vestido que ela estava usando no dia que ela chegou era azul, porque não colocou um vestido azul nela?’

‘Mas eu também não escolhi aquele All Star pra ela. É a última vez que eu peço para Emmett vestir alguém. ’ Alice confidenciou.

Então eles se aproximaram.

‘Você está muito bonito hoje, Fera.’ Bella disse.

Ouviu-se um pigarro no fundo.

‘Han… Você está linda, com esse vestido não azul… ’

‘… E All Star ao invés do salto lindo de cetim que eu escolhi pra você’ Alice disse ao fundo.

‘Então, quer dançar?’ A Fera perguntou.

‘Não sei dançar… ’ ela respondeu.

‘Han, sem problemas, eu conduzo. ’

Ouviu-se uma música no fundo, uma suave melodia.

‘Sentimentos são fáceis de mudar…’ Alice começou a cantar.

‘Peraê, Alice.’ Edward interrompeu, largando Bella que, ainda no ritmo, caiu no chão. ‘Eu compus uma música para dançar mais Bella… ’

‘Você vai tocar e dançar ao mesmo tempo? Nem você consegue fazer isso, Edward. Agora me deixe cantar a minha musiquinha, por favor?’

‘Tá bem…’ Edward bufou.

Então eles ficaram rodopiando noite adentro. Mas mudando o foco da historinha, ali perto, nas redondezas, Mikon foi atrás de Bella mais uma vez.

‘Sr. Swan, vim pedir a mão de sua filha.’ Ele disse com firmeza ao pai da nossa heroína, mas não o mesmo tipo favorito de heroína de Edward.

‘Chegou tarde, ela está no Castelo da Fera, que é peludo e musculoso.’ O pai dela disse.

‘E você deixou sua única filha num castelo com uma Fera?’ Mikon perguntou.

O pai refletiu, refletiu, depois virou para ele, enquanto pegava seu equipamento de pesca. ‘É… Acho que sim. ’ E entrou em sua casa, deixando Mikon boquiaberto com tamanha falta de responsabilidade paterna.

‘Vou resgatar Bella dos braços daquela Fera. ’ Ele disse, levando um bando com ele para que pudesse matar a Fera.

Então houve uma batalha feia, muita gente brigando com objetos e bla bla bla, mas o melhor estava por vir… A batalha travada entre a Fera e Mikon.”

- Isso, titio, conta! – Renesmee me interrompeu. Seus olhinhos brilhavam e seu sorriso no rosto denunciava que ela queria uma grande batalha.

“Ah, foi uma briga horrorosa. Claro que, em condições normais, a Fera, com um peteleco tinha derrotado Mikon. Mas nesse dia, para dar mais ênfase à história, foi uma batalha muito feia. Punho contra punho, espada contra espada, até que eles duelaram do modo mais perigoso:

‘Desafio você para um duelo de Badminton.’ Mikon desafiou.

Não preciso dizer que não foi uma boa idéia. Como uma bala perdida, a peteca atingiu uma inocente: Bella.

A menina cambaleou, caindo dura no chão, com a respiração fraca e batimentos fracos.

‘Ela está morrendo, Edward, você tem que beijá-la agora.’ Alice disse.

‘Mas ela vai virar uma de nós, digo, vampira…’ Edward disse meio cabisbaixo, pois não casaria com ela primeiro…

‘Caramba, beija logo essa menina, minhas pétalas estão caindo e eu não quero ficar despetalada…’ Rosa gritou.

Então Edward beijou a menina humana, transformando-se novamente em vampiro, sua família voltou ao normal e a menina transformou-se em vampira.

‘Edward? Edward, é você?’ ela quis saber.

‘Sim, Bella, sou eu.’ Ele respondeu, sorrindo. ‘Você quebrou o feitiço, eu e minha família pudemos voltar ao normal. ’

‘Pena que seu nariz não se concertou.’ Bella murmurou. ‘Ele ficou meio tortinho… Mas até que é bonitinho assim…’

‘Han… É… Enfim, você aceita casar comigo?’ ele perguntou.

‘Ai, casar? Mas tão nova? Imagina o que as pessoas da aldeia vão dizer…’

‘Você não vai envelhecer, sabe? Agora que é uma vampira.’ Ele murmurou.

‘Ah, então, por mim, tudo bem.’ Ela disse.

Como Alice, aquela louca, já havia tudo planejado, o casamento foi realizado. A Rosa, depois de ter caçado a bendita raposa, ainda mal humorada, aceitou o musculoso irmão de Edward. Alice acertou-se com o ex-reloginho e todos viveram felizes para todo o sempre.’

- E fim. – eu conclui.

- SÓ ISSO?! – Nessie exclamou. – E Mikon, qual foi o fim dele? Gastón morreu no final do desenho, titio.

- Ele casou com a fofoqueira da aldeia… Mas que coisa feia, Nessie. Eu não vou alimentar essa violência desnecessária.

- Você adora violência, tio. – ela me lembrou, piscando incrédula.

- Sim, mas quando eu encorajo a violência é diferente. Ela pode se voltar contra mim. Sabia?

- Como assim? – ela questionou.

- Se eu encorajar, Rose, Edward e Bella podem ser violentos comigo, e eu não estou muito a fim de ser desmembrado hoje, sabe? – eu confidenciei.

- Hum… Puxa, mas eu adoraria ver Mike Newton se dar mal no final. – ela disse.

- Bem… Acho que podemos fazer algo a respeito disso, se você souber guardar segredo. – eu disse, armando um plano com a minha sobrinha.

Graças a Deus Alice não previa o futuro de Nessie e Edward estava longe demais para ouvir nossos pensamentos. O castigo teria sido terrível.

O caso foi o seguinte: Mike Newton tem um segredo. Depois de assistir O Chamado, ele ficou sete dias sem dormir. Até hoje ele tem medo que a garota, a Samara, venha rastejando e faça alguma perversidade com ele.

O que fizemos? Mandamos via celular o vídeo que aparece no filme com o nome: As mais belas de Forks. Depois disso, fiz Nessie ligar e falar com a mesma voz (a menina é uma ótima imitadora): Sete horas.

Rapaz, a cara do moleque ficou mais branca que a minha. E olha que eu já não tenho sangue no corpo…

Mas a melhor parte foi na hora de dormir. Nessie ficou fofíssima de peruca longa, lisa e preta, vestido de boneca todo rasgado e molhado, e a maquiagem ficou impecável. Eu não sabia que ela conseguia se maquiar tão bem, ainda mais para fazer uma cara tão horrenda.

Vou narrar mais ou menos o que aconteceu. No quarto de Mike, tive que quebrar a TV, instalar um poço falso em seu quarto e molhar tudo. Mas não se preocupem, já arrumei tudo antes de sair. Quando ele entrou no quarto e viu o poço, a TV quebrada e tudo molhado, ele ficou em choque. Pior ainda quando viu Nessie saindo do poço.

Coitado.

Nunca vi alguém desmaiar tão rápido. Parecia uma jaca madura caindo no chão. Prontamente, Nessie e eu arrumamos tudo, mas deixamos sua cama molhada, para que sua mãe pensasse que ele havia feito xixi na cama. HeHeHe…

Com Nessie satisfeita, voltamos para casa, onde Edward nos esperava. Nessie mostrou ao pai o que fizemos, e eu já estava esperando meu castigo, quando ele gargalhou, abraçou Nessie e disse: – Orgulho do papai.

Sério, quais os valores que Edward está ensinando para a filha? Se não fosse por mim, essa garota estaria perdida.

Pelo menos dessa vez eu não tive castigo algum. E é muito com começar um ano assim.

Então, monstrinhos e monstrinhas, titio deseja a todos um ano vampiresco, cheio de ursos pardos, quedas de braço bem sucedidas e historinhas.

Com muito amor, músculos e a vitória de não ter sido castigado, mas horrorizado com os novos valores ensinados às criancinhas,

Tio Emmett.

- Emmett, Emmett… Conte isso direito. Não foi bem assim que aconteceu. – Alice me corrigiu, lendo por cima do meu ombro o que eu acabara de escrever.

- Alice, fica na sua, tá legal? – eu disse.

- Não posso, sou muito correta para ver uma pessoa mentindo aos próprios leitores. Acho isso feio e eles merecem saber o que aconteceu com você depois de ter feito essa atrocidade com o garoto Newton. Conte a verdade, que Carlisle teve que atender o menino, pois ele ficava repetindo o tempo todo: sete horas, sete horas… E sentiu o seu cheiro no quarto dele. Nossa, eu nunca vi Carlisle perder a paciência com você, meu irmão, foi absolutamente engraçado ele chegar em casa bufando do jeito que chegou.

- Não vi graça nenhuma… – eu respondi.

- Claro… Você que teve que cantarolar canções de ninar para Mike Newton durante um mês inteirinho até que o menino pudesse dormir em paz, sem ficar repetindo, assustado, SETE HORAS, enquanto dormia. Não entendo porque não gostou, queria tanto ver o que Bella tanto falava enquanto dormia, quando era humana, mas você sabe que Edward nunca deixou, agora nem posso ver Nessie dormindo, pois Rosalie é cheia de dedos com a menina, ai…

- Alice…? – eu achei sua atenção.

- Sim? – ela respondeu.

- Diga logo que você só veio aqui dar um olá e se despedir dos leitores…– eu disse, sabendo das reais intenções da minha irmã pequena e chata.

- Ah, bom, já que mencionou… – ela sorriu, sem graça. – Fofinhos e fofinhas, muitos beijos e abraços com cheiro de roupas novas e botas de couro de salto fino.

- E FIM. – eu gritei, apertando o enviar do email.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Cachinhos de Bronze

- Tio Emmett? – Nessie veio até meu quarto, pulando ao meu lado enquanto eu lia um dos meus autores preferidos: Saint Exupéry.

- Diga, monstrinha. – eu disse a ela, lendo a edição de “O Pequeno Príncipe”. Eu adoro esse livro. Especialmente as gravuras. Eu me senti extremamente inteligente quando todos da casa, até mesmo Nessie, não conseguiram ver o elefante dentro da cobra. Era tão óbvio…

- Estava pensando sobre nossas historinhas… – ela disse.

Fechei o livro. A raposa teria que esperar para cativar o principezinho. Quando Nessie vem discutir a relação das historinhas, é melhor prestar atenção.

- Eu acho muito legal e tudo mais… Mas há uma figura muito importante que ainda não apareceu… – ela me confidenciou.

Eu pensei… Pensei… Pensei… Quem ainda não havia aparecido nas historinhas do tio Emmett?

Bella? Não, ela já apareceu.

Edward? Acho que sim.

Rose? Sim. Jasper? Também. Alice, Carlisle, Esme? Sim, sim, sim.

Eu? Claro que sim, eu não poderia faltar.

Sr. Tumnus? Não lembro bem, mas acho que sim.

Aí eu me lembrei de alguém que estava sempre por perto, mas nunca tinha aparecido nas minhas historinhas. Alguém cujo cheiro eu reconheceria há milhas de distâncias, era tão quente e Bella amava tanto. . . .

- Nessie, você gostaria que eu contasse a historinha de Cachinhos de bronze? – eu perguntei.

Seus olhinhos brilharam.

- Achei que nunca iria perguntar.

Ela correu para a sua cama, deitou-se, cobriu-se e gritou:

- Estou pronta!

Fui logo em seguida.

- Não vai dormir dessa vez, não é? – eu perguntei. Ela balançou a cabeça negativamente. – Ou interromper ou perguntar “porque você não coloca o Jake nas suas historinhas, tio Emmett?” – eu perguntei, imitando a vozinha dela.

- Não, me darei por satisfeita dessa vez em ser a protagonista.

- Então, está bem. – eu disse. –

“Era uma vez uma menininha muito bonitinha, porém muito curiosa chamada Renesmee. Mas por causa dos leves cachos que desciam pelos seus cabelos e pela coloração esquisita obtida graças a seu pai exibido, ela era conhecida por Cachinhos de bronze. Um dia, Cachinhos de bronze estava passeando pela floresta, dentro dos limites estabelecidos por um acordo de sua família, quando ela avistou uma casa e uma caixa de correios onde dizia: Os três…”

- Ursos? – ela me interrompeu. Qual a parte do não me interrompa ela ainda não entendeu?

- Não. – eu expliquei, abrindo essa exceção. – Faunos.

- Pensei que o papai disse que faunos não existissem. – ela franziu a testa.

- Assim como vampiros, lobisomens e fadas, não é mesmo? – eu rebati

- Mas fadas não exis…

- Não diga isso. – eu gritei, tapando sua boca com as mãos. Logo em seguida, sussurrei. – Toda vez que alguém diz isso, uma fada cai mortinha em algum lugar.

- Ah… Eu não sabia. Desculpe-me. – ela disse, envergonhada. Ela não tinha culpa… Ela não tinha assistido Peter Pan ainda… Renesmee precisa parar de focar somente livros, principalmente os adultos… Maquiavel, Twain, Dante, Shakespeare, Jane Austin… Isso está retardando a mente da coitada. Esses dias ela estava com aquele estranho livro preto nas mãos, aquele com mãos pálidas e uma maçã na capa. Mas também não se interessou… Disse que isso não existia, uma humana tão desastrada se apaixonando por um vampiro. As pessoas hoje em dia escrevem tanta besteira…

- Então está bem. Vou continuar.

“Cachinhos de bronze, com sua curiosidade, entrou na casa dos três faunos.

‘Olá?’ ela disse, mas ninguém respondeu. ‘Alguém em casa? Estou entrando…’ ela avisou.

Mas ninguém estava em casa. Ela seguiu até a cozinha, onde encontrou três cadeiras, três pratos e três copos. Sentou-se e viu que nos pratos havia mingau e nos copos chá.

‘Eca’ ela disse. ‘Comida humana… Eu é que não vou tocar nisso. ’ E continuou seguindo adentro. Até que viu uma pequena porta onde estava escrito NÃO ENTRE. Mas como a pequena não conhecia o significado da palavra NÃO, ela entrou e encontrou uma caixa com vários anéis de várias cores. Então ela experimentou um anel dourado e logo foi parar em outro lugar.”

- Me deixa adivinhar… Ela foi parar em Nárnia? – Nessie me perguntou.

- Na verdade, ela foi parar na fronteira de Nárnia e do Condado. Mas como era feriado em Nárnia e estava tudo fechado, ela resolveu ir até o Condado.

- Feriado em Nárnia?

- Decretado pelo próprio rei Edmundo. O dia do Manjar Turco. Posso continuar?

“Cachinhos de bronze continuou sua jornada e foi parar numa aldeia pequena com casinhas pequenas.

‘Olá?’ ela bateu na portinha de uma das casas onde havia uma pequena caixa de correios que continha o nome Frodo Bolseiro. Mas havia um aviso na porta. ‘Estou em uma audiência com Gandalf. Sam veio comigo, pois não consigo me livrar dele. Qualquer coisa, fale com a minha vizinha, ela é metida a besta e acha que sabe de tudo. Frodo. ’ Então, Cachinhos de bronze foi até a casa da vizinha. Lá ela encontrou uma pequena criaturinha chamada Alice, que era um hobbit.

‘Quem vem lá?’ – o hobbit falou.

‘Sou Cachinhos de bronze. Não sei como vim parar aqui, mas só sei que aconteceu quando coloquei esse anel. ’ Ela disse, mostrando a jóia para a pequena criatura.

‘Ih, menina, esse é o Anel da Pureza, mas ninguém mais… Diamante é a nova onda. Temos que ir até Um Reino Tão Tão Distante, mas que é aqui pertinho e destruir este para que possamos comprar um novo da Cartier. Mas devemos ter cuidado. No caminho há uma criatura que fará de tudo para obter um anel da pureza igual a esse’.

Então, Cachinhos e o hobbit andaram por uma grande estrada de tijolos amarelos.”

- Pensei que só em Oz havia uma estrada de tijolos amarelos. – ela me interrompeu.

- Não. Na verdade é a continuação. É a NR (Nárnia Road) 101. Começa em Nárnia e segue adiante por Oz.

- É que eu prefiro azul, sabe? – ela disse.

- Não pode ser. Não pode ter azul no mapa. Azul no mapa são rios, lagos e oceanos. Seu pai não te ensinou isso? Não é a história de AriBells, é de Cachinhos de bronze. Ou você prefere que eu mude a protagonista?

- Não. Amarelo está ótimo, adoro amarelo. – ela disse, sorrindo. Sabia que, assim como Edward, ela era exibida e gostava de chamar atenção. Nunca que perderia a oportunidade de ser a protagonista de alguma historinha.

- Posso continuar?

“Então elas seguiram por uma grande estrada de tijolos A-MA-RE-LOS, até que chegaram numa encruzilhada, onde dizia: ‘Direita, Um Reino Tão Tão Distante. ’ ‘Esquerda, La Push. ’ Cachinhos de bronze queria ir pela esquerda, mas repreendida pelo pequeno Hobbit, foram pela direita. Seguiram até encontrarem uma grande casa feita com doces e tocaram a campainha, que soou de modo esquisito, uma palavra que elas nunca haviam ouvido na vida.

‘Ronaldo. ’ A campainha tocou.

‘Mas… O que? Ah, deixa pra lá, tem gente chegando para atender a porta. ’

Então uma linda garota de cabelos loiros atendeu, seguida de um garoto de cabelos loiros com uma carinha de assustado.

‘E nunca mais nos traga nesse antro, está ouvindo, sua olho junto!’

‘Hmmmmm, Hmmmm… ’ Ouviu-se de dentro da casa.

‘Mas o que está acontecendo? ’ Cachinhos de bronze perguntou.

‘Rosmaria e eu nos perdemos na floresta, aí encontramos esta casa. Antes que pudéssemos pensar em algo, a bruxa puxou a gente pra dentro de casa, falando que iria nos engordar, pois seríamos o jantar dela. ’ Josper disse.

‘Aquela velha gagá e ridícula… Eu me acabo todos os dias na academia e ela quer ME engordar para que ela possa ter um jantar decente? Ah, por favor. Sorte dela que hoje estou de bom humor, se não eu tinha feito pior com ela. ’ Rosmaria disse.

‘E o que você fez com a bruxa?’ Cachinhos de bronze perguntou.

‘Ela pegou uma enorme corda de alcaçuz, amarrou a bruxa e amordaçou’

‘Só isso?’ Cachinhos de bronze perguntou.

‘Não…’ Rosmaria respondeu. ‘Deixei a bruxa assistindo a reprise de Zorra Total…’

‘Nossa, cruel, hein?’ Alice disse.

‘Pois é… Mas, enfim… Para onde vocês vão? Josper e eu vamos para Um Reino Tão Tão Distante.’ Rosmaria disse.

‘Também… Temos que destruir este anel da pureza antes que, bem, você sabe o quê encontre… ’ O Hobbit disse.

‘Quem é esse misterioso?’ Cachinhos de bronze perguntou.

‘Não posso dizer… Tudo ao seu tempo, minha criança. ’ O Hobbit disse sabiamente, mas todos nós sabemos que ela não sabia de nada.

Então seguiram rumo a Um Reino Tão Tão Distante, ignorando as reclamações de Josper ao longo do caminho.

‘Estou com sede… Podemos parar um pouco, estou cansado. Meu cabelo está baixando… Meu mp3 descarregou, como vou ouvir Simple Plan…?’

‘Pelo amor de Deus, pára de falar, traste!’ Rosmaria gritou com seu irmãozinho.

‘Mas eu não vou ouvir Welcome to My Life…’

‘Olha as rugas de preocupação da minha mão.’ Rosmaria começou a falar. ‘E engole o choro… Se não eu pego o pão que nós usamos para marcar o caminho e entalo em sua garganta. ’

Então eles seguiram: Cachinhos de bronze, toda serelepe, pulando ao lado do Hobbit, Rosmaria mais atrás, puxando o seu irmão pela orelha. Então eles chegaram até um grande castelo onde ouviram uma melodia melancólica e chata…

‘Olá?’ A pequena Cachinhos entrou sem ser convidada. Logo ela encontrou duas criaturas pálidas, e belas, de olhos dourados. Uma delas estava guiando a outra, enquanto a menor tropeçava em seus próprios pés. ‘Sou Cachinhos de bronze, estes são meus amigos Alice, a Hobbit, os irmãos Josper e Rosmaria. Quem são vocês?’

‘Eu sou a Bella e este é meu marido Edward, mais conhecido como A Fera. ’

‘Mas por quê? Ele é tão bonito, não me parece muito perigoso ou mal humora…’o pequeno hobbit disse, encostando num grande piano que se encontrava no meio do salão.’

‘SAI DE PERTO DO MEU PIANO, SUA COISA ESTRANHA, CHATA E FALADEIRA.!!!’ A Fera gritou, soltando dos braços da sua amada e agarrando-se no piano branco.

‘Viu só? Por isso é conhecido por Fera. Na verdade, ele havia sido enfeitiçado e antes era um monstro horrível…’ Bella confidenciou.

‘Como se conheceram?’ Alice quis saber, afastando-se do grande piano, enquanto A Fera olhava ameaçadoramente para ela.

‘É uma história longa, mas tenho certeza que será bem contada por um grande e belo vampiro contador de histórias…’ Bella disse.”

- Então isso quer dizer que você vai me contar a história da Bella e a Fera, titio? – Nessie quis saber.

- Shhhh. Monstrinha. Não arruíne a brincadeira. Isso é spoiler. As pessoas que lêem minhas historinhas não gostariam de saber as coisas por antecedência…

- E alguém lê às suas histórias, titio? – ela me perguntou.

- Bom… Ainda não. Mas eu pretendo fazer com que todos no mundo leiam. Eu vou conquistar a internet…

- Como? – ela quis saber.

- Simples. Todo mundo tem um vídeo no youtube dançando Single Ladies… Justin, Joe Jonas, os carinhas do Glee… Até um bebezinho… Então eu vou lançar meu vídeo de fraldas, dançando Single Ladies com um cartaz dizendo: “Por favor, leiam minhas historinhas”.

- Sabe que serão três semanas de castigo, né? – ela me disse. Sim, eu sabia. Não precisava ser Alice pra saber que Rose me castigaria. Mas era um preço que eu correria.

- Sim… E a história? Ah, sim.

“ ‘Então, estão indo para o sul? Ótimo, Edward e eu vamos com vocês.’

‘Posso levar meu piano?’ Edward perguntou.

‘Não comece… Hoje eu não tô boa!’ Bella disse.

‘Nossa, meia hora com Rosmaria e já está assim. Este é um novo recorde. ’ Josper disse.

‘Cala a boca. Pior foi o que você fez com Rapunzel. A coitada está tão depressiva que nem quer mais descer da torre. E você, ô do nariz tortinho… Deixa de presepada, deixa esta porcaria de piano ai e vamos logo. ’

Então eles seguiram por mais um bom caminho até que, de repente, de algum lugar surgiu a temida criatura careca e desesperada para roubar o anel de pureza da pequena Cachinhos de bronze.

‘Meu precisoooooo,’a criatura gritou.

‘Céus, quem é esse?’ Cachinhos perguntou.

‘Emmeagol… Costumava a ser uma linda criatura, forte e musculosa, mas sua obsessão por ter um anel da pureza o fez ficar dessa forma, careca, feio e com grandes olhos… ’ Alice disse.

‘Mas pra que ele quer um anel desses?’ Cachinhos perguntou.

‘Ele queria ser o 4º integrante dos Jonas Brothers…’ Alice disse.

‘Mas todos eles têm cabelo…’ Cachinhos disse.

‘É, ele tentou ser Britney cover também…’ Alice disse.

‘Emmeagol, ninguém usa mais esses anéis… E a Britney tem cabelos agora. Não há uma chance de você voltar ao normal?’

‘Bom… Há uma maneira. ’ Disse o ex-lindo, mas quem sabe futuramente voltaria a ser, Emmeagol. ‘Um beijo de amor de uma linda donzela’.

‘Tô fora… tchau…’ Rosmaria disse.

‘Calma, Rosmaria, ele tem razão. O beijo de amor é a coisa mais poderosa do mundo inteirinho.’ Josper disse.

‘Beija você, então. Veste um maiô preto, aproveita que tá na moda e manda brasa… Não há chance de eu beijar esse monstrinho horroroso…’ Rosmaria bravejou.

‘Nem se te dermos todo o ouro de Nárnia e do Condado?’ Alice ofereceu.

‘Não!’ Rosmaria disse.

‘Nem se eu compuser uma música exclusiva pra você em meu piano?’ Edward disse.

‘Não meu bem, Caetano já compôs Você é linda…’ ela disse.

‘Nem se fizermos uma estátua em sua homenagem dizendo A princesa mais linda de todos os reinos?’ Cachinhos disse.

Seus olhinhos brilharam…

‘Posso ter uma faixa e uma coroa também?’ ela pediu.

‘Claro, só beije logo esta criatura, estou ficando com pena. ’ Cachinhos disse.

Então, a linda garota beijou (com nojo) a criatura que se tornou num belo príncipe, mais belo do que a Fera. Ela se apaixonou logo em seguida.

Seguiram até a joalheria mais chique do centro de Um Reino Tão Tão Distante onde conseguiram um anel maravilhosamente lindo para Cachinhos, mas esta resolveu trocar por um pingente em formato de lobo.

‘Achei horrível. ’ A Fera opinou, mas ninguém deu à mínima.

Então, chegada a hora de ir embora, A sabichona disse:

‘Preciso arranjar sapatos de rubi para que você possa ir para casa. Bella, vá buscar, por favor.’

Bella foi até a pequena loja de sapatos e trouxe um All Star de rubis.

‘Mas, que diabos é isso? All Star? Eu queria uma sapatilha, você está influenciando mal a menina… Daqui a pouco ela vai querer usar legging e all star no vestido de baile… ’ Alice murmurou.

‘Achei mara!’ Bella disse.

‘Vamos, minha menina, calce e repita comigo, batendo os pezinhos: Não há lugar como nosso lar… ’ O lindo príncipe Emmeagol disse.

‘Não tem frase mais brega do que essa não?’ Rosmaria perguntou. ‘Sério, esta é quase tão brega quando Você é minha vida agora, ou O leão se apaixonou pelo cordeiro. Realmente, é um cordeiro estúpido, onde já se viu… ’ ela continuou resmungando, mas ninguém deu atenção a ela.

‘Não há lugar como nosso lar…’ ela disse, sumindo no ar.

‘Poxa.. Que chata. Era pra ela repetir três vezes… Até aqui essas crianças com mania de interromper.’ Disse o príncipe Emmeagol.

Então a pequena Cachinhos de bronze voltou para o lado dos seus avós paternos que não apareceram na história, pois precisavam de um momento a sós e mandaram a menina passear na floresta.

E Fim.”

- Puxa tio Emmett… Eu adorei a historinha. – ela me surpreendeu, estando acordada.

- Monstrinha! Você está acordada. Que bom você ser tão exibida quanto seu pai, pôde ouvir a historinha toda.

- Nós também ouvimos, Emmett. – Edward disse atrás de mim, acompanhado por Bella. – Apesar de pequenos deslizes, a historinha ficou bem legal.

- Puxa, mano, valeu. – eu falei, emocionado. Puxa vida, dessa vez deu tudo certo. Edward até parabenizou a minha historinha. Que feliz!

- Boa noite tio Emmett, eu amo você. – minha pequena monstrinha disse, me dando um abraço antes de ir à terra de Morpheu. Não sei o que isso significa, mas Edward disse isso uma vez quando ela foi dormir. Se fica perto de Nárnia,vou pedir para ela me levar.

Resolvi então continuar a ler meu livro. Mas por algum motivo eu não conseguia. Senti aquela vibração de costume tremendo em meus pés, subindo pela espinha e chegando à minha cabeça. Sim, eu estava tendo uma idéia.

Peguei minha câmera que havia sido presente de aniversário do cachorro. Nossa, que bondade a dele. Mas eu não tinha certeza se ele deu pela bondade ou porque sabia que eu faria alguma coisa que provavelmente irritaria a Rose.

Fui para o meu quarto, liguei a câmera e comecei a gravar a minha versão de Single Ladies. Estava perfeitinho: maiô preto, salto, topete e o cartaz com o apelo para lerem as minhas historinhas.

. . .

Meu erro maior não foi ter filmado isso.

Meu erro maior não foi ter deixado a porta aberta para que Rose pudesse entrar repentinamente no quarto e ver a cena.

Acho que meu erro foi ter deixado meu kit marceneiro para jovens vampirinhos à vista, mas eu não lembro bem como aconteceu. Só sei que Rose odiou quando olhei para ela e cantei “ ‘Cuz if you liked it then you should have put a ring on it”. Ela arrancou meus dedos por causa disso.

Então, dessa vez, minha querida monstrinha está digitando para mim a troco de que eu conte uma historinha específica para ela depois. Qual é? Não sei ainda, ela não me disse. O que me conforta é que Alice também não sabe, ela não prevê o futuro de Nessie.

Monstrinhos e Monstrinhas, aqui o tio Emmett (e Nessie) se despede, com muito amor, músculos e sem dedos.

sábado, 19 de setembro de 2009

CINDERBELLA

Era mais um dia de chuva na casa dos Cullen. Eu estava feliz, é claro.
O motivo?
Simples!
Meu irmão havia voltado a confiar em mim. Então éramos só eu e minha pequena sobrinha, Renesmee.
A coisa fofa do titio estava fissurada por livros. Culpa de Bella. Essas crianças de hoje em dia e essa mania por livros… Se eu tivesse um filho (e que Rosalie não leia isto), eu daria um videogame. Boa época do Super Nintendo. Eu ficava horas jogando com a Rose. Quer dizer… Ela gostava de Mortal Kombat, Street Fighter. Eu gostava mesmo é de Super Mario. Nossa, eu amava aquele dinossaurozinho, o Yoshi. Eu sempre quis um, mas eles não existem.
Aí Carlisle me deu umas tartaruguinhas pra compensar. Como ele não me deixou pintar os cascos de vermelho, azul, verde e amarelo, eu fiz umas roupinhas legais e dei nome a elas: Donatello, Rafael, Leonardo e Emmett. Edward me perguntou por que eu não coloquei o nome de Michelangelo no último… É que certa vez eu e Rose fomos pro Vaticano, eu vi a tal Capela Sistina e achei aquilo uma ofensa… Eu pinto melhor que aquele cara!
Ahhh, o Vaticano… Foi bem legal. Até certo ponto. Eu estava entediado, e resolvi fazer umas configurações no local… Resolvi apontar várias obras de arte interligadas. A última foi uma pomba apontada pra uma Igreja cheia de anjos… Gostos de anjos, me lembram a Rose… Mas, enfim. Depois de alguns anos um cara aí, Brown… Brown… Carlinhos Brown, creio eu, escreveu uma história sobre a minha obra de arte e disse que um tal de Illumi sei lá o quê que fez um caminho pra a Igreja de não sei das quantas … Eu deveria ter escrito, afinal… Eu sou o melhor contador de histórias…
E falando em contar histórias… Bom, Renesmee estava entediada. Desde a nossa última visita a Disney, a tia louca dela (também conhecida por Alice) resolveu encher a menina dessas coleções princesas. Acho tudo sem sentido… Nenhuma é mais bonita que a Rose.
Ai, a Rose… Ela é tão linda… Tão loira, tão alta, tão esguia, tão bruta… Nem parece com aquela Amélia da Cinderella. Renesmee devia estar pensando a mesma coisa. Estava lendo o livro quando deu um grande suspiro e disse:
- Tio Emmett, mas que coisa sem graça, não é? Acho que podemos fazer melhor…
- Também acho. – eu respondi. – Quer ouvir a história da Cinderbella?
- É pra isso que eu estou aqui, não é? – ela sorriu.
- Então, vamos lá. “Era uma vez uma menininha muito desastrada chamada Cinderbella. Após sua mãe ter partido…”
- A mãe dela morreu, tio Emmett? – Renesmee me interrompeu.
- Não… Ela foi embora pra casar com um rapaz mais novo, forte e atlético. Mas, por favor, não interrompa o titio, está bem? – eu pedi. Ela balançou a cabeça, concordando. – Então, tudo bem… “Após ter o coração partido, o pai da Cinderbella casou com uma mulher de pele vermelha chamada Sue. Sue possuía duas filhas chatas: Leah e Setheah…”
- Seth é um menino, tio Emmett. – Renesmee disse.
- É um mero detalhe… Queria que eu colocasse quem no lugar, Pocahontas, Paraguaçu, Iracema? Além do mais, Seth ficaria mais bonitinho vestido de mulher do que seu tio Jazz. – eu disse na segurança de que meu irmão não estaria em casa para ouvir e ficar depressivo novamente. Da última vez Edward ficou meia hora falando “você é uma mulher bonita, forte e poderosa” para ele se acalmar. Antes que vocês pensem “Jasper virou gay?”. Não… Ele não virou. Mas acho Jasper tem problema de auto-estima, aí precisamos incentivá-lo.
- E o Jake? Vai entrar na história? – Nessie me perguntou.
- Talvez quando eu ler os três porquinhos… – eu disse, sabendo que no final o lobo acabava com o traseiro queimado pela chaminé do último porquinho… Não sei se na história verdadeira é assim, mas a minha com certeza é mais divertida. – Agora, por favor, não interrompa o titio, está bem? Onde eu estava? Bem… “Como o seu pai passava o dia trabalhando e os finais de semana em um reino não tão distante, mas menos legal chamado La Push, Cinderbella passava o dia inteiro lavando, passando, cozinhando, e lendo livros antigos e empoeirados a mando da sua madrasta.”
- Ah, tio, a Sue é legal.
- Meu anjo, eu sei que a Sue verdade é legal… Assim como a Rose de verdade é um amor de pessoa… Mas você não quer que a história renda? Eu sei que há Quileutes piores do que ela…
- Como quem? – ela perguntou, cruzando os bracinhos e me olhando feio.
- Prefiro não comentar… Posso continuar? – eu disse, olhando um tanto quanto nervoso para ela. Ela fez que sim. – “Cinderbella tinha duas irmãs, como eu já disse, antes que a minha sobrinha me interrompa para dizer ‘você já falou isso antes, tio Emmett’.” – eu disse, enquanto ela abria a boquinha para interromper. Eu não precisava ser Alice ou Edward. Nessie era tão previsível… – “Leah, a mais velha, era a criatura mais mal amada do reino. Nada agradava a menina… Tudo era feio, amargo, cinza… Já a pequena Setheah, bem, esta era uma pirralha chata e curiosa, mas tinha um bom coração e tinha um objetivo na vida… Ser a melhor amiga do príncipe Edward.”
- Gostei bastante desse nome. Príncipe Edward. – Nessie falou. Claro… Nós assistimos Encantada juntos. Ai Ai, o Pip era um esquilinho muito fofinho…
-É… É…dá pro gasto. “Então, Cinderbella, por causa da fumaça da lareira, ficou intoxicada e começou a ter alucinações. Acreditava que falava com os animaizinhos da casa e a eles deu os nomes de Rose, uma ratinha branca e rabugenta; Emmett, um rato castanho e bem forte e Jasper, um rato amarelo claro que não interagia e ficava no seu canto, com medo dos humanos… Certo dia veio um decreto do rei Carlisle e da Rainha Esme. O príncipe Edward convidaria todas as moças do reino para o baile.
‘Vou conhecer o príncipe Edward! Vou virar a melhor amiga dele e poderemos brincar juntos, caçar, pescar, nos divertir, conversar até a hora de dormir…’ …”
- A Setheah parece com tia Alice falando… – Renesmee riu. Uma ótima colocação… Ambos eram extremamente empolgados. Isso me assustava.
- Sua colocação foi pertinente, Renesmee… – eu disse, um tanto pomposo.
- Aprendeu essa palavra quando titio? – ela me perguntou.
- Ontem, quando Carlisle disse que não era pertinente eu construir um túnel que fosse daqui até a casa de Mike Newton…
- E porque você quer ir até a casa dos Newton? – ela me perguntou.
- Nessie, porque você acha que Mike Newton tem tanto medo da nossa família? Eu passei dois anos indo todos os domingos até a casa dele enquanto ele dormia. Mas não para olhar ele dormir, como seu pai fazia com sua mãe… Eu ia até o quarto dele e dizia: Os Cullen vão te pegar…
- Ai que maldade, titio… – ela disse, me lançando um olhar desaprovador. Maldade, nada… Engraçado foi quando eu disse que Bella gostaria dele se ele fosse sem pentear os cabelos pra escola. Todos achavam que ele estava imitando Edward… Patético. Uma pena Edward e Alice terem barrado a outra etapa do meu plano: fazer Mike Newton se vestir como Rosalie…
- Pois bem, você quer que eu continue a história ou não? “Leah também decidiu ir para acompanhar a sua irmã e sua mãe, na intenção de estragar a festa alheia.
‘Você não vai ao baile, Cinderbella’ A Madrasta disse.
‘Mas eu nem pedi pra ir… Eu tenho que ir a Seattle e…’ Cinderbella começou a dizer.
‘ Não insista, você ficará em casa, ouvindo seus ratinhos que não falam igual ao Pip, o esquilo da casa da vizinha’.
‘Mas… Mas…’ – ela tentou contestar. ‘Ai, esquece, vou visitar o Jasper. Talvez ele me influencie a chorar a desgraça do mundo. ’ Cinderbella seguiu até o sótão e se pôs a falar com os ratinhos. ‘Eu nem queria ir a essa festa, sabe? Eu nem gosto de bailes… Mas eu queria conhecer o príncipe Edward… Dizem que ele tem um topete bronze tão bonito, uma cara de tédio tão misteriosa e um nariz tortinho bastante charmoso.’
‘Sua idiota, fuja de casa, vá e não me amole’ Cinderbella imaginou que a ratinha Rose disse. De repente, surgiu uma coisa maravilhosamente brilhante no ar.”
- A fada madrinha? – Os olhinhos de Nessie brilharam…
- Nessie, qual foi a única pessoa da família que não apareceu na história? – Tia Alice? – ela perguntou, adivinhando.
- Sim. Sua tia Alice tem porte físico pra ser a fada Madrinha? Claro que não. Quem apareceu foi a Aliceninho, a fada do Peter Pan.
- Ah… E o Peter Pan?
- Calma… “Então a Aliceninho apareceu, juntamente com Peter Pan.
‘Não chore, minha criança.’ Aliceninho disse. ‘Estamos aqui pra te ajudar. Eu, a fada minúscula e Peter Pan, o menino que nunca irá envelhecer…’
‘Ele nunca vai envelhecer?’ Cinderbella perguntou, ao ver a cara de alegria do garoto vestido de verde em sua frente.
‘Não!’ ele respondeu empolgado.
‘MISERÁVEL!!!!!!’ Cinderbella disse, pegando um taco de baseball e correndo atrás do menino voador.
‘Ela é sempre agressiva assim?’ a fada perguntou ao rato Emmett.
‘Só quando ela conversa com a Rose. Ou quando falam de seres que não vão envelhecer’ o charmoso rato Emmett disse.
‘Ah’. A fada suspirou.
Quando finalmente conseguiu tacar o bastão na cabeça do Peter Pan, Cinderbella concordou que a fada a arrumasse para o baile.
‘Vai usar sua varinha de condão? Seu pó de pirlimpimpim?’ Cinderbella perguntou.
‘Melhor. Vou usar meus contatos com etilistas famosos e um cartão de crédito ilimitado. ’ A fada disse, enquanto discava em seu celular dourado. ‘Alô, Donatella? Oi meu bem, aqui é a fada Aliceninho… Preciso de um vestido pra agora. As referências? Alta, magra, branca e desengonçada. Preciso de um salto fino, urgente…’
‘Prefiro um All Star…’ a Cinderbella resmungou.
‘Então separa um All Star de Cristal, por gentileza. Estou indo buscar agora. Beijos. – ela disse, desligando o telefone. – Você pode ficar bem, por cinco minutos.’
‘Sem problemas, vou conversar com meus amigos ratinhos…’
‘Leve-me com você, pelo amor de Deus’. O rato Jasper implorou a fada, mas esta já havia ido. Ao se deparar na presença de uma humana, Jasper entrou em pânico e correu para sua toca, permanecendo até o fim da noite.
Passados cinco minutos, a fada Aliceninho chegou, trazendo um vestido vermelho rendado com preto e um All Star de cristal cano longo.
‘Hum… Está bem. ’ Aliceninho disse. ‘Mas tem que voltar para casa a meia noite’.
‘Meia noite por quê?’ Cinderbella quis saber.
‘Tome vergonha, o que uma moça de família quer no castelo dos outros mais de meia noite? Você volte pra cá esse horário e pronto.E não beba. Você já é desorientada sem álcool, imagine bebendo’. A rata Rosalie resmungou.
‘Meia noite, então’. Cinderbella concordou. ‘Então… Quer uma abóbora ou algo assim para transformar em carruagem, ou precisa dos ratinhos para transformar em cavalos?’
‘Veja lá quem você chama de égua, eu sou uma rata de nível’ a rata Rose se ofendeu. ‘Vamos embora daqui, Emmett’. Ela disse, chamando o grande rato bonito com ela.
‘Então, vamos de quê?’ Cinderbella quis saber.
‘De porsche, lógico.’ A fada Aliceninho disse. “E leve esse pozinho aí com você’ ela disse, atirando o pó de pirlipimpim.
Então, as duas entraram no Porsche e foram até o castelo.
Ao chegar ao castelo, uma garota de cabelos vermelhos estava dançando com o príncipe.
‘Lá em Andalásia, é tudo maravilhosamente lindo. Nós cantamos, dançamos, fazemos lindos duetos de canções para aquecer o coração dos aflitos. Mas não há tristeza em Andalásia, oh não! Só há alegria, música e cores’
‘Socorro’ O príncipe Edward sibilou.
‘Pra trás, ô ruiva’ Cinderbella disse, empurrando a coitada. Uma ruiva se manifestou no fundo do salão. ‘Você não, Victoria, fica na sua.’
‘Você não sabe quanto tempo esperei por você’ o príncipe Edward disse.”
- Tia Rose está certa, isso já é tão clichê. – Renesmee interrompeu.
- Puxa vida, Nessie, você estava se saindo tão bem… – eu disse, ao ser interrompido por minha sobrinha. – E você devia ter visto, foi tão bonito quando seu pai disse isso a sua mãe.
- E você estava lá?
- Bem… – Eu comecei a dizer…
- Estava, não estava?
- Sim, mas em minha defesa, estava preocupado com o bem estar de sua mãe. – … Aposto que você filmou. – ela concluiu.
- Então, e a história? Onde eu parei? – eu disse, mudando de assunto. “Cinderbella ficou encantada com a beleza do príncipe Edward e logo se apaixonou por ele. O príncipe Edward ficou encantado com o som que o coração de Cinderbella fazia, mas na realidade, era o ruído que o All Star de cristal fazia ao entrar em contato com o chão. Eles ficaram tão deslumbrados um com o outro que o príncipe esqueceu de perguntar o nome da Cinderbella… Ao soar meia noite, Cinderbella disse que precisava ir embora.
‘ Por favor, não vá ainda. Fique aqui comigo para sempre!’
‘Tudo bem!’ ela respondeu, feliz. Mas aí, seu celular acusou uma mensagem de texto. ‘Um torpedo, a essa hora? De quem será?’
‘Está pensando que aqui é a Casa da mãe Joana, que você entra a hora que quiser? Venha agora, se não eu tranco a casa e você dormirá na rua. Emmett pediu para trazer docinhos da festa. Você levou uma bolsa… Se vire! Rose’. A mensagem dizia.
‘Tenho que ir…’ ela disse, descendo as escadas e tomando uma queda, rolando escadaria abaixo, atravessando uma janela e caindo sentada no Porsche de sua fada.
‘Recebi uma mensagem da Rose.’ Cinderbella disse.
‘É, eu sei… Vamos?’ a fada disse, arrancando o carro.
Príncipe Edward desceu as escadas atrás da Cinderbella, mas não encontrou nada além do All Star de Cristal. Ele cheirou e percebeu que o chulé da Cinderbella cheirava a flores.
‘Façam uma busca no reino… Vamos encontrar a dona do sapatinho.’
Então eles correram todos os cantos do reino… Subiram montanhas, desceram para a praia, foram ao deserto, mas nada de encontrar a casa da Cinderbella.
‘E agora, o que eu faço? Onde encontro a menina que deixou o tênis de aroma floral na minha escada?’
‘Ela está na casa atrás de você, idiota’. A vozinha miúda da ratinha branca disse.
‘Ahm… Obrigado criaturinha da floresta’. O príncipe agradeceu.
‘Da floresta? Eu sou uma rata elitizada, por favor… Esses humanos, eu não sei não’.
‘ Não sou humano, sou vampiro’. Ele disse.
Um longo minuto de silêncio se fez, enquanto a ratinha o encarava.
‘Problema dela…’ a ratinha disse, saindo.
O príncipe Edward bateu na casa da Cinderbella. Ao atender, Setheah disse:
‘Meu Deus, meu Deus, é o príncipe Edward. Eu sabia, eu sabia que você vinha aqui. Eu deixei um scrap ontem pra você, pedindo para você vir e tomar chá com bolachas comigo.’
‘Espera, espera, criatura pequena e empolgada que não se chama Alice, … Não tenho Orkut?’
‘Msn? Facebook? Twitter?’
‘Não…’
‘Malditos fakes’. Ela disse, correndo para o computador para apagar os convites para o príncipe e as fotos que havia mandado.
‘Cara senhora… Bom dia’. O príncipe se dirigiu à madrasta. ‘Venho procurar a dona desse tênis de cristal. Poderia testar nas suas filhas?
‘Eu primeiro’ a pequena Setheah disse.
‘Melhor não.’ O príncipe barrou.
Leah se sentou e calçou, mas seu pé era extremamente grande para caber no sapato.
‘Que seja, não queria morar naquela droga de castelo mesmo, seu fedorento’. Ela disse.
‘Há uma outra moça aqui nessa casa’.
‘Tem a Cinderbella… A Cinderbella, mamãe, chama ela, ela é uma moça e mora nessa casa. A Cinderbella está lá em cima, não quer que eu a chame? Ela vem num instantinho…’ Setheah
‘Não tem outra moça aqui.’ A madrasta disse, ignorando a filha.
‘Então, muito obrigado’. O príncipe disse, saindo.
‘Espera, príncipe Edward. Eu posso calçar o sapato?’ ouviu-se uma voz no alto da escada.
‘Eu não falei que tinha outra moça?’ Setheah disse, tomando um cascudo da mãe.
‘Fica quieta, guria.’ O príncipe disse. ‘Sim, você pode descer até aqui e calçar esse tê-ê-êee…’ ele disse, quando Leah pegou o sapato e atirou no chão, quebando-o. ‘Por que você fez isso?’
‘Estragar a felicidade alheia faz meu dia mais feliz.’ Ela disse, secamente.
‘Não tem problema, eu tenho outro…’ Cinderbella disse, descendo a escada com o sapato na mão. Mas, por uma força maior chamada gravidade, ela caiu uma a uma jaca madura, rolando até chegar ao chão, em cima do sapato, quebrando-o. ‘E agora? O que fazer?’
‘Deixa eu cheirar seu pé?’ o príncipe pediu.
‘Ihhh, podolatria aqui não’ A rata gritou de sua toca.
Ignorando os comentários da ratinha, ele cheirou o pé da menina.
‘É você!’ Ele disse, sorrindo.
‘Sim… Agora poderemos ficar juntos para sempre’.
‘Na verdade, não. Sou um vampiro… Não vou envelhecer…’
‘Você… não…não… não…. não… vai envelhecer?’
‘Bem…não’
‘Peter Pan, seu infeliz, venha aqui’
‘Por favor, não me bate, não me bate’ O Peter Pan chegou, voando de maneira fraca, como se fosse um pássaro com a asa quebrada.
‘Não quero envelhecer… Como faz?’
‘Bom…há três opções.
1) Pensamentos felizes…’
‘Esse é com a vizinha aí do lado, a tal da Giselle de Andalásia…Próximo’
‘2) O príncipe pode te morder…’
‘Sem chances’ o príncipe resmungou.
‘E tem o pó que você roubou ontem de mim…’
Sem pensar duas vezes, a menina jogou metade do saco em cima de sua cabeça.
‘Pó parar com o pó, minha filha… Vai acabar… Acha que é fácil arranjar pirlimpimpim?’ Peter Pan disse, tomando o saquinho e saindo de cena.
A pele da Cinderbella começou a ficar mais branca, fazendo sumir os hematomas da última noite. O príncipe não teve outra opção a não ser levá-la ao castelo, já que uma vez vampira, a família não aceitaria a menina de volta por causa do cheiro. Então eles foram e viveram felizes para sempre. ’”
Olhei a figurinha adormecida no sofá. Não é a toa que a menina não interrompeu. Dormiu a história toda…
Como tinha a madrugada inteira pra fazer, resolvi fazer algo de legal.
Abri a janela de casa e entoei uma linda melogia.
- Ahhhh, ahhhhh, ahhhhhhhhhh.
Vários animaizinhos da floresta vieram até a nossa casa… Mas quando me viram foram embora… Não sei por que animais não gostam dos Cullen…
Então resolvi assistir o filme que fiz de quando Bella e Edward trocaram suas primeiras juras de amor.
- Divertido isso, né? – A voz de Edward surgiu atrás de mim.
- Oh… oh…
Bom, o que Edward disse, eu vou privá-los disso. Edward pela primeira vez não foi nada cavalheiro. Acho que tem andado muito com Rose… Aprendendo palavras feias. Ainda bem que Nessie estava dormindo, imagine só. Ela é uma criança, acordar ouvindo isso… Não quero nem pensar.
Meu castigo?
- Já que você gosta tanto de escrever, vai escrever por seis dias. – disse Edward.
Então, comecei a escrever “A vida íntima de Bella e Edward não me interessa”. Mas o castigo ficou pior… Ele descobriu que eu joguei o vídeo na internet…
- EMMETT! – Edward gritou.
Então, estou eu agora, vestido de Giselle, sentado no meio da floresta, escrevendo “A vida íntima de Bella e Edward não me interessa e também a mais ninguém”… Toda vez que uma buzina toca, eu tenho que cantar Happy Working Song. Melhor começar a esconder a coleção “Bella humana”. Vai que Edward ache o filme da Ilha Esme?
Bem, Monstrinhos e Monstrinhas. A buzina vai tocar em alguns instantes, então, eu me despeço.
Com muito amor, músculos e lindos pensamentos musicais (essa roupa não está me fazendo bem)
Tio Emmett, de Andalásia.

A Bella Adormecida

- Tio Emmett, tio Emmett. – Nessie veio correndo até a mim. – Adivinha o que eu ganhei do vovô Charlie?
- Parente errado, Monstrinha. – eu disse a ela. – Quem adivinha as coisas é “Mãe Alice”.
- Mãe quem? – ela perguntou.
- Esquece. Mas, me diga o que você ganhou?
- Hum… Vou dar dicas. – ela sorriu, com as mãozinhas atrás de suas costas. – É bonito…
- Um pônei?
- Não! É colorido…
- Um arco-íris?
- Não. É quadrado…
- Seu pai? – eu perguntei. Ela me olhou com reprovação. Mas fazer o quê? Quadrado, antiquado, “out”, todos estes eram sinônimos para o meu irmãozinho, Edward Cullen. – Não sei o que é, então.
- Não! – ela disse, em sua doce voz fininha, me reprimindo. – E nos leva a ooooutro mundo. – ela concluiu. Meus olhos brilharam
- O guarda-roupa de Nárnia?
- Não. Ai, titio… É um livro. A Bela Adormecida.
- Aaaah… Um livro… – Que coisa chata. Ninguém mais dá brinquedo às crianças? – Quer que eu leia pra você?
- Não. Eu quero ler pra você! – ela disse. Exibida, eu pensei… Só podia ser filha de Edward.
- Eu ouvi isso. – Edward gritou de algum lugar da casa. – Lembre-se, você está sob regime semi aberto, Emmett. – ele me lembrou. Desde o episódio da última história de dormir à Nessie, ele tem se comportado dessa forma. Demorou duas semanas para que ele me devolvesse o resto do corpo… Agora está assim. Vai ficar de olho até ter certeza que não vou influenciar negativamente a garota. Como se as outras companhias não fizessem mal a ela. Fala sério…
Aos cuidados de Alice, a garota será uma patricinha fútil que vai torrar nossa fortuna com roupas, sapatos e bebida. Ele não se queixe quando as fotos dela aparecerem pela internet de lingerie e começar um reality show com Paris Hilton.
Aos cuidados de Jasper, ela se transformará numa eterna suicida frustrada por não conseguir se matar, então vai ficar pelos cantos choramingando as dores do mundo ouvindo Simple Plan. Pintará seu cabelo de preto, vai chamá-lo de “Papuxo” e andará com uma lágrima desenhada no rosto… Sinistro.
Aos cuidados de Esme a menina vai virar uma daquelas pessoas compulsivas por limpeza e mania de perfeição. Vai morar dentro de uma bolha para que as bactérias e germes do ambiente não influenciem na sua respiração e ainda vai brigar com quem estiver fora dela por ter mudado o objeto meio milímetro de lugar.
Aos cuidados de Carlisle, eu prefiro não falar, pois ele paga todas as minhas contas.
Aos cuidados de Rose… Bem… Acho que uma Rose no mundo já é mais que o suficiente. Afinal, já temos El Niño, La Niña, Terremotos, Furacões e outros desastres naturais. Fora que pouco tempo com Rose, a menina já é chantagista, imagine se fosse criada por ela… Prefiro nem pensar.
Aos cuidados da mãe ela vai se tornar uma menina submissa ao namorado que fará todas as vontades dele. Depois se ela aparecer grávida, ele também não reclame. E ao que tudo indica, teremos um vampirinho meio humano que correrá atrás do rabo e coçará suas pulgas.
Aos cuidados do cão… Pelo amor de Deus, a menina vai feder, levantar as pernas pra fazer xixi, se coçar com o pé… Sinceramente, sobre o banho de língua eu não quero nem falar.
Melhor que ela fique mais tempo comigo, oras… Afinal, eu sou um tio que dá amor… Carinho… Assisto desenhos, coloco pra dormir, dou uma bazuca a ela de Natal. Mas Bella tomou. Não se tira o doce da boca de uma criança. Muito menos armas de artilharia pesada. Ela precisa aprender a se defender. Bazucas são mais eficientes que Karatê.
- Então, quer ouvir a história ou não? – ela falou.
- Tudo bem. – sentei no sofá. Ela sentou do meu lado e abriu o livro.
- “Era uma vez, num reino distante, um rei e uma rainha que foram agraciados com uma linda filha chamada Aurora… … e então o príncipe Felipe a beijou e a despertou do sono profundo de cem anos. E todos viveram felizes para sempre. Fim”. – ela disse, fechando o livro. – E então, o que achou?
- Boa… Gostei muito das fadas, da parte de espetar o dedo em um fuso de uma roca.
- Mas podemos tornar isto bem melhor, não é?
- Claro que sim… Que tal ouvir a história da Bella Adormecida?
- Essa Bella é com dois L? – ela perguntou.
- Sim.
- Então eu quero.
- Era uma vez, num reino distante chamado Forks, havia um rei que nas horas vagas era chefe de polícia chamado Charlie. Charlie vivia com sua esposa, a rainha Renée. Todos gostavam muito dele e todos foram chamados para comemorar o nascimento de sua pequena filha, Isabella…
- É Bella! – a mesma gritou de algum lugar da casa. Caramba… Já sei de onde esta criança tirou a mania de interromper.
- Tá… Bella. “Aí quando a princesa Bella nasceu, todos foram agraciá-la com presentes. Ela recebeu a visita de três fadas: Esme, Alice e Rose. A primeira a agraciá-la foi Esme: ‘Você vai ser pura de coração, não verá maldade nas pessoas e será muito feliz’. A segunda a dar o presente foi Alice. ‘Você será muito bonita e todos apreciarão a sua beleza pálida e humana.’ ‘Eu não quero dar nada a ela’, a terceira fada gritou. ‘Rose, não seja egoísta, dê um presente à menina’. Esme disse. ‘Ah bom… quem vai dar é você ou sou eu? Dê outro a ela, se você quer tanto que ela ganhe mais presentes e…’ e então, algo aconteceu.”
- O quê? – ela me perguntou.
- Apareceu uma bruxa… Seu nome era Leah… – eu disse, ganhando um olhar de reprovação de Nessie. – o que foi dessa vez?
- Você disse que não colocaria lobos nas histórias… Por que Leah entra e Jake não? – ela perguntou.
- Por que na verdade Leah é uma bruxa que se disfarça de lobo. Isso é fato! – na verdade, pensei na bruxa se chamar Victoria, mas Edward provavelmente acabaria com a minha história…
- Não me convenci… Mas continue.
- “Então, Leah ficou aborrecida, pois não havia sido chamada para a festa. ‘Porque eu não fui chamada aqui?’ ‘Hããã, será por que você não é bem vinda?!’ Rose disse a ela, enquanto lixava a sua unha em algum lugar no salão do castelo. A bruxa olhou para o pequeno bebê deitado no berço, chegando mais perto. ‘Sério, alguém precisa trocar as fraldas desta criança… Mas depois que eu der meu presentinho…’ ‘Até a bruxa vai dar presente, Rose, não se sente incomodada com isso?’ Alice perguntou. ‘Silêncio. Dois dias antes do seu décimo nono aniversário ela comerá uma maçã envenenada e morrerá’. Ela disse, sumindo no meio da floresta, dando uma risada maléfica.”
- Maçã envenenada não é da Branca de Neve? – Nessie me perguntou.
- É que era estação das maçãs envenenadas em Forks… “ ‘O que vamos fazer?’ o rei Charlie perguntou. ‘Você eu não sei, eu vou dar o fora daqui. Não agüento mais essa chuva, esse verde. Esse povo com essa mente atrasada. Vou pular de bungee jump. Fui’. A rainha Renée levantou e foi embora. ‘Não tema, Rei Charlie, Rose ainda tem um presente para dar’. Alice o confortou, olhando para Rose. Um longo minuto silencioso se fez, até que Rose levantou-se da cadeira, guardou sua lixa de unha e disse: ‘Tá… A coisinha feia que está deitada no berço vai ser extremamente desastrada, sendo que comerá a maçã envenenada, mas não morrerá… Encontrará em sua vida um destino tão ruim quanto…’ ‘Rose?’ Esme disse espantada. ‘É o quê? Agora já foi, o presente já foi dado.’ Ela disse, sentando na mesma cadeira de antes.
- E agora, titio? O que acontecerá com Bella Adormecida?
- Fada Alice, a sabichona, tinha um plano. ‘Se ela vier morar conosco durante um tempo em nossa casa na floresta, poderemos tomar conta dela até seus dezenove anos… Vai ser o máximo, vou poder fazer as unhas dela, trançar seus cabelos, arranjar apelidos, trocar confidências, fazer teste de revistas…’Esme pigarreou, esperando que a sua companheira se recompusesse. ‘Ah sim… Será seguro para ela. Ela vem conosco.’ ela sugeriu. Rei Charlie não recusava nada à fada Alice e concordou. Então as três fadas, contra a vontade de Rose, levaram a pequena humana para viver com elas.
- Aonde? – Nessie me perguntou.
- Em Nárnia… – eu disse.
- Nárnia de novo? – Ela me perguntou.
- Por que não, é uma boa vizinhança. – Eu disse, pensando no quanto seria agradável ter o Sr. Tumnus como vizinho… Aquelas patinhas de bode eram tão fofinhas!! E ele preparava chá com bolinhos…
- Emmett, faunos não existem. – Edward gritou de algum lugar da casa. – Pare de pensar em Sr. Tumnus.
Droga… Era mais legal imaginar minhas histórias sem Edward por perto…
- Voltando. “Algum tempo depois, nas proximidades de Nárnia, um rei, que nas horas vagas era um médico e um vampiro vegetariano, tinha comprado uma propriedade. Seu nome era Rei Carlisle e ele tinha um filho, o príncipe Edward. Esse, por sua vez, tinha dois grandes amigos: seu fiel escudeiro, o forte e belo Emmett e seu cavalo cujo comportamento era bipolar, Jasper”…
- Tio Jasper vai ser um cavalo? – Nessie me questionou.
- Você prefere que ele seja uma das fadas? – eu questionei. – Não há muitos personagens nessa história, se você não reparou… E vestir Jasper de mulher com certeza não é uma imagem que eu quero pensar…
- E eu também não quero ver. – Edward disse. O clima começou a ficar melancólico. Acho que Jasper ouviu que ninguém queria vê-lo vestido de mulher e se deprimiu. – Ah, cara, não fica assim… Não foi por mal, é que a gente é casado e Alice é nossa irmã… – Ouvi Edward consolando nosso querido irmão emo…
- Onde eu estava antes de ser interrompido? Ah, claro… “Preocupado com o seu filho Edward, rei Carlisle promoveu um baile para que Edward conhecesse pessoas novas no reino. Todas as garotas ficaram encantadas com o grande topete bronze do príncipe, sua pele branca e seu olhar entediado, mas… Ele não havia se interessado por nenhuma. Algumas vieram dançar com ele. Mas todas dançavam bem o suficiente… Nenhuma era desastrada o bastante. O príncipe Edward logo se entediou de sua festa e resolveu ir correr pelo bosque. Sua alegria era correr, então pediu para que o seu companheiro Emmett preparasse o seu cavalo. No meio do caminho, o cavalo Jasper teve uma crise existencial e resolveu que não seguiria mais. Então, Edward deixou seu cavalo no meio do caminho com o seu belíssimo escudeiro e partiu bosque adentro. Ao chegar mais a fundo, ouviu uma voz melodiosa vinda de algum lugar da floresta… Cantava como o mais belo dos pássaros. Quando ele se aproximou, viu uma figura de longos cabelos, com pele alva que cantava junto aos animais. ‘Minha senhora, que bela voz vem de vossa graça. Posso saber o nome de tão excelente cantora? ’ ‘Meu caro senhor, me chamo Tanya e’…”
- TANYA NÃO!!! – Nessie e Bella gritaram, cada uma de um lugar da casa e em total sincronia. – Não me faça ir aí, Emmett. – Bella disse. Caramba, ela estava tendo lições de estresse com Rosalie?
- E se Tanya não der em cima de ninguém, indo embora rapidinho, ela pode continuar?
- Talvez. – Nessie disse.
- Ok. “ ‘Caro senhor, me chamo Tanya e moro longe, numa terra longínqua e fria.’ ‘Tanya, não encontrei ninguém a quem pudesse desposar, sabe onde encontraria uma donzela para que possa agradar meu pai e que seja de tal agradável companhia?’ ‘Meu caro senhor, por mais que seja demasiadamente agradável aos meus olhos e suas palavras adocem meus ouvidos, creio que a vida cuja estou habituada não me deixa ser a primeira escolha para selar este contrato. Veja, eu tenho espírito livre, e sirvo para jubilar os olhos e corações dos aldeões ao desnudar a minha cútis’.
- O que ela quis dizer, tio? – Nessie me perguntou.
- Que ela é uma piriguete… – Rose disse, passando pela sala, em direção da cozinha. Droga, essas palavras não se ensina a uma criança. Ouvi Edward cochichar sobre o vocabulário de Rose com Bella, mas esta não se manifestou a respeito.
- Obrigada tia Rose. Tio Emmett, por mais que meu vocabulário seja mais rico que o seu, poderia falar em uma linguagem mais simplificada?
- Mas é assim que seu pai queixa uma garota. Linguagem antiga e cheia de “não-me-toque”. Sua mãe ouviu tantas metáforas… Ele parecia àquele presidente brasileiro da marolinha e…
- Emmett…! – Edward falou de algum lugar.
- Está bem… Falarei mais claramente, tudo bem? “‘Mas sei onde poderá encontrar o que procura. No meio da floresta mora uma menina de longos cabelos castanhos, pele branca como areia, grandes olhos cor de chocolate. Seu nome eu não sei, mas é só seguir o cheiro das flores’. Disse, enquanto saia em direção à aldeia. Príncipe Edward seguiu em frente, sentindo o cheiro das flores. Ao chegar mais perto viu uma figura frágil, sentada em uma cadeira de balanço usando um vestido rodado azul com babados e All Star, lendo um livro antigo e chato”.
- Meus livros não são chatos… – Bella disse. Edward riu. – Pare com isso Edward, eles não são…
- Quietos vocês dois. “Aparentemente a garota estava sozinha em casa. Ao se levantar, ela caminhou alguns passos e tropeçou no cadarço. O Príncipe chegou a tempo de pegá-la, antes que caísse. ‘Você é tão frágil… Desastrada… Você é minha alma gêmea!’ A pequena e frágil criatura em seus braços não conseguiu parar de contemplar a beleza tediosa do príncipe… Seus olhos dourados, sua pele fria, branca e dura, seu mega topete, tudo nele a hipnotizava… ‘Como se chama?’ O príncipe perguntou. ‘…’ ‘Perguntei como se chama…’ ‘…’ ‘Doce criatura, perdoe-me a grosseria, mas você é surda ou é muda? COMO VOCÊ SE CHAMA’. ‘Eu… eu… eu… eu… eu… eu… eu… eu… eu… eu…’ A garota respondeu. O príncipe já estava um pouco impaciente. Ainda com a garota em seus braços, ele sacudiu um pouco para ver se ela estava engasgada com alguma coisa. ‘Bella’, ela finalmente disse. ‘Perdão, me sinto uma tola… Mas já deve estar acostumado com esse efeito que causa nas pessoas… ’ O príncipe pareceu confuso. ‘Então eu… deslumbro as pessoas?… Eu deslumbro você?…’”.
- Emmett, por alguma motivo eu ainda não contei à minha filha a história do início do meu relacionamento com o pai dela… Por favor, eu gostaria que ela ainda não soubesse. – Bella disse, aparecendo de repente, sentando ao lado de Nessie.
- Então… Nada de leões e cordeiros? – eu perguntei.
- Emmett… – ela fechou o punho, olhando pra mim.
- Tá… Sem leões, cordeiros, deslumbre, ilhas brasileiras com cabeceiras quebradas… – eu disse, ganhando um olhar ameaçador de Bella. – Calma, estou só averiguando… “Então o encanto foi recíproco. Bella e o príncipe decidiram se encontrar à noite, depois que as suas protetoras estivessem dormindo, para que o príncipe pudesse fazer uma serenata em homenagem à donzela. Mas aí aconteceu uma coisa improvável… Alguém apareceu. Uma figura macabra, saída das profundezas das sombras para atormentar a vida dos habitantes de Nárnia e Forks…”
- Quem, tio Emmett?- Nessie perguntou. Sua carinha estava surpresa e seus olhinhos bem abertos.
- Você-sabe-quem…
- Lord Voldemort?
- Claro que não, Nessie, era só a Rose. Nossa… Depois que você leu Harry Potter, tudo tem que girar ao redor disso. Já te disse, Harry Potter vicia, e tudo o que vicia não faz bem. Você começa a ver coisas aonde não existem…
- Como o quê?
- Bem… Uma vez toda a família foi à Londres para ver o local onde Carlisle nasceu. Estávamos na estação de trem e eu estava batucando com as minhas antigas baquetas. Batuquei nas paredes, nas pilastras, nos trens, em Jasper, que estava chorando, mas isso não vem ao caso… Acontece que isso irritou um pouco Edward. Então ele tomou uma delas de mim, apontando-a para mim. – eu gargalhei. – Umas cinco garotas começaram a gritar “Cedric, Cedric” na estação de trem. Nunca vi seu pai correr humanamente tão rápido… – eu ri e Bella, ainda sentada ao lado de Nessie também.
- Mas, que bobas… – Nessie disse, cruzando os bracinhos.
- Pois é. Como se existisse qualquer semelhança entre Edward e aquele garoto… Puff, que piada… Preocupante vai ser quando encontrarmos algum fã do Senhor dos Anéis… Alice vai ter sérios problemas… Voltando a história. “Rose chegou enfurecida, deu um olhar fulminante para Bella e entrou em casa. ‘O que houve com ela?’ Bella perguntou, vendo que Alice e Esme estavam se aproximando. ‘Estávamos nos arredores de um palácio, sete léguas depois de Andalásia, quando ela ouviu um espelho mágico falar que uma tal de Branca de Neve era a menina mais bela do reino’. Esme disse. ‘Agora nós vamos ter que controlá-la… Ela pretende ir até a casa dos anões mais tarde… Não vai ser bonito… Por falar em bonito, como foi com o príncipe Edward?’ ‘Han, ele é um príncipe? O nome dele é Edward?’ ‘Sim, e um vampiro. Você perguntou alguma coisa à ele, Bella? Ou ficou deslumbrada demais?’”.
- Emmett, Emmett… – Bella falou.
- Desculpe, não acontecerá de novo. “Então, Bella ficou preocupada com a responsabilidade de se relacionar com um príncipe e um vampiro. Ela saiu pela floresta em busca de refúgio para pensar, quando viu uma figura de cabelos negros e pele avermelhada.
- Leah? – Nessie perguntou.
- Estava pensando mais em Pocahontas, mas sim… Pode ser. A bruxa estava na floresta e fingiu ser amiga de Bella. “ ‘Qual o seu problema, minha criança?’ ‘Estou apaixonada por um príncipe e vampiro, e não tenho nada a oferecer’. ‘Se quiser, posso ajudá-la. Coma esta maçã, e você poderá tê-lo para sempre.’ ‘Não, obrigada, não gosto muito de maçãs’. ‘Coma esta pêra, então, está suculenta e tem o mesmo efeito. ’ ‘Não, não, também não sou muito fã de peras. ’ ‘Amoras? Ameixas? Melancia? Açaí? Ravióli de cogumelos?’ ‘Hum, aceito o ravióli. ’ Então, Bella deu uma garfada no ravióli e caiu deitada no chão. ’
- Então ela comeu o ravióli e passou mal? – Nessie perguntou.
- Não, filha, acho que ela se engasgou. – Bella sugeriu.
- Vocês não entenderam? Ele estava envenenado. – Eu disse. Caramba, era tão óbvio. Gostei de parecer mais inteligente do que Nessie, pelo menos uma vez, pra variar.
- Aaaaaaah. – ela disse. – Então, continua.
- A bruxa estava rindo maleficamente quando chegou outro bruxo, um pouco mais velho do que ela…
- Dumbledore? – Nessie perguntou.
- Sem Harry Potter, Nessie. Talvez na próxima. Não, seu nome era Samuel.
- Samuel? – ela estranhou.
- Sim… Samuel. Não quero intimidades com o pessoal de La Push.
- Outro lobo, e Jake não? – ela perguntou.
- Talvez outro dia… “‘Leah, o que você fez com essa pobre humana, pálida e desastrada?’ ‘ Nada demais, só fiz cumprir a minha profecia. E não foi fácil… Não há muitos restaurantes de comida italiana envenenada pelas redondezas… ’ ‘ Você é má, cruel e invejosa. Pra mim já chega. Vou-me embora e vou largar você.’ ‘ Como assim, não, o quê? Vai me largar? Já tem outra?’ ‘ Sim… Emily’ ‘ Minha prima? Aquela que parece ter feito figuração de O Chamado, pois o rosto dela está completamente deformado? Você não pode fazer isso comigo! Não, não, não… Samuel… Samuel…?’ ‘Vai ser como se eu nunca tivesse existiiiiiiiiido’ ele gritou de algum luar da floresta enquanto a bruxa se desintegrou. ”
- Emmett… Emmett, não abuse da sorte. – Bella disse. –Edward está aqui pra supervisionar você.
- E ele lá tem culpa do cara ter trocado a garota lá pela prima? Pelo menos Edward teve a decência de te deixar pra te salvar… Impressão virou desculpa de tudo… De traição, de pedofilia… E agora a gente tem que aturar o cachorro aqui… – Rose falou, aparecendo na sala.
- A gente pode não tocar nesse assunto na frente de Renesmee? – Bella pediu.
- Oi gente, do que vocês estão falando? Não que eu já não saiba, é claro, Emmett está contando uma historinha pra Nessie e é claro, há limitações desde a última vez que Edward resolveu… – Alice chegou, tagarelando…
- CHEEEEEEGA! – uma voz fininha gritou. Renesmee, pela primeira vez em toda a sua NÃO longa existência, se exaltou. – Mas será que vocês podem fazer o favor de ficarem quietos. Todos vocês? – ela falou, colocando as pequenas mãos na cintura, franzindo a testa. – Papai, você não vai brigar com tio Emmett. Mamãe, deixa ele terminar a história. Tia Rose, nem mais um piu e tia Alice, senta aí e fica quieta.
Não sei se ela fez isso por amor ou por que queria ouvir o resto da história, mas aquilo me emocionou.
- Monstrinha… Monstrinha linda do titio, eu vou terminar a sua historinha. – eu disse, sentindo meus olhos brilharem mesmo sem uma gota d’água dentro do meu corpo. “O príncipe Edward então chegou até a casa, perguntando pela criatura desastrada que havia ganhado o seu coração. ‘Ah, ela foi dar uma volta na floresta, mas eu a ouvi comer um ravióli estragado e aparentemente ela morreu, fazendo cumprir a profecia da bruxa. ’ Rose disse. ‘ O quê? E Você não foi ajudá-la?’- ele quis saber. ‘ Ô brother, eu não tô boa hoje não, viu? Se bote logo fora daqui antes que eu rode a baiana na sua cara. ’ Ela disse, enquanto batia a porta na cara dele. ‘ Há um meio de consertar isso. ’ A pequena fada bisbilhoteira falou atrás dele. ‘Você pode dar um beijo nela e transformá-la em vampira assim como você ou poderá esperar 90 anos até que ela acorde’. O príncipe pensou. ‘É, vou esperar, não estou com tanta pressa assim. ’ Então o príncipe Edward durante 90 anos até que sua amada acordasse. “Passados 45 anos, seu escudeiro veio à sua procura, juntamente com o cavalo…”
- 45 anos? Por que demoraram tanto? – Bella quis saber.
- O cavalo empacou. – Eu respondi.
- Esse tempo todo? – Bella perguntou novamente.
- Bella, Renesmee é a única que deveria estar fazendo perguntas. Olha a idade dela e a sua. Você não sente vergonha disso não? – eu perguntei.
- Emmett, pare de repetir o que Esme disse ontem pra você. – Alice disse, lembrando-me da conversa do dia anterior sobre por que eu não podia jogar paintball dentro de casa.
- Tá bom. “Aí, o belo escudeiro viu a beleza da fada Rose e se apaixonou por ela. O cavalo, por sua vez, estava no canto, triste e melancólico quando viu a pequena fada de cabelos escuros e lisos. Uma pequena rajada de vento bateu e caiu uma mecha da franja nos olhos da fada Alice. Prontamente o cavalo se apaixonou pela pequena criatura. Fada Esme foi até ao castelo avisar ao rei Carlisle que o príncipe estava na floresta, porém nunca mais voltou. Passados 90 anos, a princesa Bella acordou. ‘Bella… Bella… Você não sabe o quanto eu esperei por você. ’”
- Isso é tão clichê. – Rose disse.
- Shh… Continue. – Renesmee pediu.
“Então, o príncipe Edward deu um beijo em sua prometida, mas como faltavam dois dias para o aniversário da garota e ela havia ficado presa no corpo de uma pessoa de 18 anos por todos esses anos, ela prontamente se transformou em vampira. ‘Agora minha profecia está completa.’ Rose disse. ‘ Não entendo… Como isso poderia ser pior que a morte dela, como a bruxa Leah descreveu?’ Emmett, o bonitão, perguntou. ‘ Ela vai ter que aturá-lo pelo resto de sua existência. ’ Rose disse, soltando uma gargalhada maléfica. Então, todos os casais se encontraram com o rei chefe Swan, o rei Carlisle e a, agora rainha, fada Esme, estavam esperando juntamente com Sr. Tumnus e todos os habitantes da floresta. Chamaram o rei das terras do norte de Nárnia, mas este não apareceu pois ele é um leão e temeu por sua vida, já que vive numa montanha e o príncipe Edward era famoso por suas caçadas à leões da montanha. Então Bella e Edward foram felizes para sempre.”
- Pensei que leão da montanha fosse uma espécie… – Nessie me disse.
- Sim. Mas por causa de um pequeno incidente quando o príncipe foi até a África para um safári, ele achou prudente que ficasse em casa. Foi muito difícil para o príncipe Edward causar um estouro na manada de guinus, jogar o que sobrou do leão e colocar a culpa no irmão invejoso que queria o trono.
- Hum… Entendo… Bom, obrigada pela história, tio Emmett. – ela disse, me dando um beijinho. – Vamos mamãe, está na hora de caçar.
- Parabéns, Emmett, dessa vez quase não cometeu deslizes. – Bella me parabenizou.
Após todos me parabenizarem, eu fiquei sem ter o que fazer… Minha arma de paintball estava carregada. Esme disse que eu não podia jogar dentro de casa, mas não falou nada sobre não jogar dentro da garagem. . . . Não foi uma boa idéia ter colocado tinta para carros…
Alice e Edward não gostaram de ver seus carros cheios de bolas cor-de-rosa. Meu jipe ficou adorável. Rose, então, certificou-se que eu não apertaria o gatilho da arma: ela arrancou meus dedos. Os das mãos e os dos pés, só por garantia.
Então, estou eu aqui, digitando com a língua. Continuarei lendo mais livros para poder contar mais historinhas para Renesmee. Todos aqueles que a Rose trouxe eu já li, menos o da capa preta. Quem é que quer ler sobre uma menina que se apaixona por um vampiro? Como se isso realmente acontecesse na vida real. Se bem que eu acho que já li algo a respeito ou vi um filme… Essa história soa familiar. Isabella e Edward, acho que eu conheço duas pessoas com esse nome. . . . LEMBREI. Edward é o príncipe de Encantada. Nossa, aquela música ficou na minha cabeça por séculos… Rose ficou bastante irritada quando eu cantei “Como vou saber que você me ama, como vou saber que eu sou seu?”… Ainda bem que não foi essa semana, ela arrancou minha língua e eu não poderia escrever…
Monstrinhos e Monstrinhas, eu me despeço aqui, pois deu câimbra na língua. Vocês sabem que é mentira, pois não sinto dor, mas eu sempre quis falar isso.
Com muito amor, imaginação e músculos,
Tio Emmett.